domingo, 29 de julho de 2012

Precisamos ser melhores do que somos!


Fonte: Moraga Road - Laffayette

Lembro-me do primeiro dia na Califórnia, logo após me acomodar e descansar um pouco, fui andar pela Cidade de Lafayette (local onde fiquei instalada) com meu novo amigo e pai da família que agora eu também pertencia.
E foi neste momento que o choque cultural começou a se fazer mais presente. Andando pelas ruas, conhecendo os lugares, os estabelecimentos, as praças, a população, pude perceber o quanto nós ainda temos que crescer.
Não estou aqui para menosprezar ou inferiorizar nosso país, Brasil, terra que eu amo de todo o meu coração. Mas para trazer o que eu pude resgatar de melhor, e assim colaborar para o nosso crescimento.
País desenvolvido é igual pessoas desenvolvidas, esta fórmula é lógica, não há erro. E pude perceber isto na pele nestes últimos meses.
A educação na Califórnia e acredito que por grande parte do povo americano é admirável, as palavras "sorry (desculpe), thank you (obrigado), excuse me (com licença), please (por favor)" estão mais do que presentes no cotidiano deste povo.
Um dia, estando no supermercado, dois rapazes estavam transportando galões de água mineral, um jogava para o outro no corredor do lado externo, eu estava me aproximando, mas em minha mente já estava a mensagem de contorná-los, eu ainda estava um pouco distante, e imediatamente, quando perceberam minha vinda, mesmo eu ainda estando distante, pararam, abriram o corredor e já começaram a falar "sorry, sorry". Achei incrível este tamanho respeito que tiveram por mim.
É claro que existem pessoas muito educadas em nosso país, e quero me incluir neste grupo, mas infelizmente ainda temos muito o que evoluir.
Coisas pequenas como carros parados na faixa de pedestre quando há alguém para atravessar, pessoas atravessando o sinal de pedestre somente quando ele fica aberto para tal, mesmo que não esteja passando veículo algum, subir a escada rolante da estação de metrô pelo lado direito, deixando o lado esquerdo totalmente livre para o acesso, não encontrar nenhum, eu digo NENHUM lixo, em lugar que não seja a lata de lixo, pichações nesta região se tornam mitos, enfim, todas estas atitudes que para nós ainda é um desafio, para eles é algo corriqueiro, normal, uma obrigação de cidadão.
Mais uma vez quero deixar claro que as postagens não são para valorizá-los mais do que a nós brasileiros, afinal, ninguém é tão bom, e ninguém é tão ruim, mas se pudermos ser melhores do que somos, independente de onde venha a lição, acredito que valha a pena apostar nisto.
Aguardo vocês na próxima postagem, afinal, a história está apenas começando!!!

Forte abraço,

Camila Ferreira

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O bom filho à casa torna


Foto: Despedida da Família no Aeroporto (mistura de sentimentos: alegria e tristeza)

O bom filho à casa torna, no meu caso, a boa filha.
Depois de mais de 30 dias sem postagens, eis que retorno para trazer a todos notícias sobre a inimaginável e surpreendente vida que levei nestes últimos 30 dias nos Estados Unidos da América. Acredito que terei um tanto bão (como dizem os mineiros) de informações para vocês.
Já inicio dizendo que passar esta temporada lá foi muito boa, ótima, maravilhosa, porém nada, nada fácil.
Exatamente no dia 22 de junho de 2012 ocorreu a minha partida para um lugar conhecido apenas em notícias, documentários, filmes e relatos de amigos. Coração a mil, uma mistura de ansiedade, curiosidade, alegria, autoestima, saudades (família, amor, amigos) e, assumo, muito medo.
Partimos com uma equipe de 26 integrantes, e abro um parenteses para agradecê-los pelas alegrias vivenciadas, neste mês muitos deles acabaram por se tornar minha família.
Depois de quase 20 horas de viagem (entre esperas, entrevistas e conexões) chego a tão esperava Califórnia City. Bom, nesta hora, acredito que 1/4 de minha ansiedade, curiosidade e medo já haviam sido amenizadas. Enfim, chegamos em paz, Graças ao Bom Deus.
Agora sigo para conhecer a minha família por um mês, outro desafio imenso: morar por um mês na casa de pessoas que eu não conhecia, e para ajudar: sabia falar muito basicamente seu idioma (uma vergonha, eu sei, mas agora estou mais do que disposta a aprender, por vontade e necessidade).
Ops... mas como assim? Uma pessoa ganha uma bolsa de estudos pela empresa para um Curso no Exterior, tendo que morar sozinha no país, e não sabe falar inglês? Tem alguma coisa errada aí!!!!
Talvez tivesse se a pessoa que se inscreveu, no caso eu, não fosse tão audaciosa, ousada e atrevida. 
É isto mesmo, só conseguimos alcançar nossos objetivos se enfrentarmos os impasses, se vencermos os medos mais profundos e se acreditarmos em nós mesmos.
Como já diz o velho ditado: Na vida O NÃO nós já temos, o que precisamos é correr atrás do SIM. (acho que é mais ou menos assim!).
E foi isto que fiz, e consegui!!! Tenha certeza, se você quer, mas se você QUER MESMO, VOCÊ CONSEGUE!!!!
Lembro-me que ao chegarmos no Aeroporto de San Francisco, perguntei aos meus amigos como falamos em inglês: preciso tomar banho, comer e descansar. Eles me ensinaram e eu logo tratei de decorar, afinal era o que eu precisava para me virar naquele dia.
Horas depois estava lá... frente a frente com minha nova família de americanos.
Usei minhas frases importantes: banho, comida e descanso. E em alguns minutos estava confortável em minha nova residência.
E como foi fantástico tudo aquilo, a alegria de estar ali e de ter vencido tantas etapas, foi tão maior que o medo, que mesmo sem dominar a língua, pude me comunicar de forma admirável!!! Afinal, como já sabemos, o corpo fala, o olhar fala, o semblante fala, e como isto é magnífico!!!

Bom, a história está apenas começando, espero que possam acompanhá-la, tenham certeza, não irão se arrepender!!!
Em breve mais postagens!!!

Abraços com saudades!!!

Camila Ferreira